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4° Domingo da Quaresma
4° Domingo da Quaresma

Homilia do 4° Domingo da Quaresma

     A ótica de Deus é diferente da ótica dos homens, estamos no domingo leatare, domingo da alegria, o roxo dá lugar ao rosa, é um tempo penitencial mais simples, é um tempo de rejubilarmos no Senhor e mesmo em meio a penitência, termos um regozijo para dizer: “Obrigado Senhor. Pois podemos encontrar com o Senhor neste tempo penitente.” 

     A palavra do Senhor já no antigo testamento nos mostra que, o profeta ao ir a casa de Jessé para ungir o rei, viu o primeiro dos filhos de Jessé, robusto, parecendo ter coragem, pensou: “será esse o Rei?”; e Deus vai e diz: “Não”; Samuel olhou para todos os filhos de Jessé presentes no local, mas ainda não tinha visto o escolhido, então perguntou: São estes todos os teus filhos? E Jessé diz: “Não”; Havia um filho pequeno, raquítico, de aparência bela, mas não muito favorável para ser rei, jovenzinho ainda que cuidava das ovelhas, e Jessé pediu que o trouxessem, e quando Davi pequenininho entrou, Deus disse ao profeta, é este, levantai e ungi-o. Deus escolhe os seus não pela sua aparência, não pela sua capacidade, não por serem santos; simplesmente Deus escolhe porque conhece o coração, conhece o desejo que cada um tem de Servir ao Senhor, conhece o desejo que cada um tem de ser a imagem do senhor, Conhece o coração e o desejo que as pessoas tem, de serem e viverem segunda a vontade de Deus.

     Não é porque alguém é escolhido, não é porque alguém é ungido, não é porque alguém recebeu a unção, que seja santo. Mas é alguém que Deus escolheu porque viu nesta pessoa algo que ele queria ver, algo que ele via como necessário para a missão, para aquilo que o senhor convocava. O senhor olhou para Davi e conhecia o seu coração, conhecia a luta que Davi tinha para ser fiel ao Senhor. É claro que ele foi infiel no meio do caminho, é claro que ele cometeu pecados graves, é claro que Davi não foi certinho todo o tempo, mas Deus escolheu Davi porque ele tinha condição de fazer a missão. E fez a missão, escreveu, cantou, rezou inúmeros salmos que hoje nós rezamos, louvou ao senhor, pediu perdão; e deu a todos nós uma graça de usarmos sua oração, seu louvor, sua petição, na nossa oração pessoal, nos salmos que escreveu. Foi um grande rei para libertar Israel, para guiar Israel, no trono de Davi se assenta o mestre Jesus, o Rei dos reis, é da descendência de Davi que Jesus veio, é na descendência de Davi que Jesus assenta para de fato proclamar o reino do céu sobre a terra.

      Mas, se na primeira leitura olhamos a escolha, no evangelho vamos ver fariseus criticando a Jesus e não olhando para o lugar certo. Em vez de se alegrarem pela cura do cego, estão preocupados com as notas, com as regras, estão preocupados com coisas que não são essenciais, são acidentais. Nós somos chamados a nos preocupados com o que é essencial e não ficarmos olhando para o acidental, a essência é mais importante, a nossa essência deve buscar a face de Deus, deve buscar a vontade de Deus, os desejos e designo do Senhor. A nossa essência deve querer ser agradável ao Senhor e responder e corresponder ao seu amor infinito.

     Precisamos ter o coração aberto sem nos preocuparmos com as regras, para fazer o bem ao outro, para fazer o bem às pessoas, para conduzir as pessoas a uma experiência do amor de Deus, a uma vivência do amor de Deus, independente do pecado, independente do erro, das falhas, das infidelidades e das quedas, Deus nos ama e está todos os dias nos chamando a sermos diferentes, está todos os dias nos chamando a sermos melhores, nos chamando a construirmos este tempo novo, a restaurar-nos no tempo do amor e da bondade do Senhor.

     Este é um chamado, um convite, mas para isso precisamos exercitar o viver na luz, o fugir das trevas, o fugir do erro, da falha; O senhor não está pedindo perfeição porque Ele conhece as nossas dificuldades, mas Ele está pedindo a nossa luta, o nosso esforço. Caímos, eu já cai muitas vezes, você também já caiu muitas vezes, não podemos atirar pedras, nem eu em você e nem você em mim, nem nós em outras pessoas. Não podemos julgar ou condenar ninguém pelos seus erros, ainda que os erros sejam os piores, ainda que tenha matado, roubado, ainda que tenha estuprado ou feito qualquer coisa absurda. Nós não podemos julgar ninguém, mas precisamos ajudar aqueles que caíram a se levantar, precisamos ajudar àqueles que caíram a se reerguer, precisamos ajudar aqueles que falharam, e não condená-los , julgá-los, apontar o dedo. O senhor nos chama hoje a termos compaixão, a termos bondade, a termos amor com nossos irmãos, não importa quem pecou ou como pecou, não importa quem errou ou como errou, nós não podemos ter os nossos olhos fitos nesta queda, precisamos ir além do pecado e do erro, precisamos ir além das debilidades e das falhas, e enxergar o todo de bom que existe. Ninguém é só pecado, ninguém é só erro, se alguém errou conosco gravemente, esta pessoa não é só isso, ela é muito mais do que isso, e ela tem acertos, ela tem coisas boas, ela ajudou a você ou a alguém, ou a muitos. E porque paramos os nossos olhos naquilo que há de ruim? Hipocrisia! A verdade é que precisamos olhar os acertos e não os erros das pessoas. Muitas pessoas dizem que não vão para igreja porque as pessoas da igreja erram demais, hipocrisia! Na igreja estão os pecadores que querem lutar para acertar, mas são pecadores. Na igreja não estão os santinhos, os perfeitos, os bons; Mas estão aqueles que são conscientes das suas falhas e lutam, batem a cabeça as vezes, erram, caem no pecado, no buraco, mas nós não estamos aqui para julgar ou condenar ninguém. Quem pode condenar ou julgar alguém pelos seus erros? A quem foi dado a graça de medir, sacudir a poeira? A quem foi dado o bastão do julgamento para dizer alguma coisa de alguém? Para falar mal pelas costas ou pela frente? A quem foi dado o juízo para condenar? Ou para arrogantemente apontar o dedo? A quem foi dado a autoridade para dizer que o outro...Não! Precisamos aprender a misericórdia, precisamos aprender o amor! Não é condenando as pessoas que vamos salvá-las, mas é estendendo a mão, ajudando. Se o teu irmão errou contra você, contra tua família, contra teus amigos; Se alguém errou ou te machucou, feriu, ou a alguém dos teus, em vez de atirar pedra, em vez de condenar ou fazer justiça com as próprias mãos, em vez de apontar o dedo ou coisas semelhantes, ame! Abrace! Acolha! Ajude! Porque esta pessoa que te fez mal, amanhã pode ajudar a salvar a sua vida, esta pessoa que te feriu, amanhã pode ser a única capaz de te fazer o bem que você precisa, mas se você faz justiça com as próprias mãos, ou se você o julga, separa e afasta, você pode estar atrapalhando a sua própria vida no futuro, as suas próprias necessidades no futuro, por isso, como Jesus mesmo nos ensinou, não olhemos aquém, não olhemos os erros, as falhas, não olhemos os pecados, não olhemos aquilo que fizeram, mas amemo-nos uns aos outros, aprendamos a construir este tempo de amor, o que o mundo precisa não é alguém para julgar ou condenar, o que o mundo precisa não é alguém para apontar o dedo, o que o mundo precisa não é de mais uma pessoa para medir, o que o mundo precisa é alguém para amar, para ser amor, para viver o amor, para plantar o amor, para conduzir as outras pessoas a esse amor.

     Por isso, hoje, irmãos e irmãs, nós somos convidados sim pelo Senhor, somos chamados sim pelo Senhor, a lutarmos para vencer as trevas, as trevas querem que julguemos, as trevas querem que façamos o mal, que separemos, que derrubemos, as trevas querem que apontemos o dedo, que condenemos, mas a luz nos chama a acolher, a amar e a ajudar.